segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Corporativismo nefasto das construtoras


As grandes construtoras, responsáveis por boa parte do faturamento dos jornais do Estado, estão fechando o cerco: mandaram retirar seus anúncios das páginas dos diários. A pressão para "amansar" o noticiário sobre a tragédia do Real Class na 3 de Maio está pesada e pode acabar interferindo na linha editorial não só dos jornais como das emissoras de rádio e TV.

A coisa funciona na base do dá ou desce: ou silencia, ou não há como pagar os jornalistas e demais profissionais e a empresa não aguenta.

Está em jogo a liberdade de imprensa, que não pode se calar sob pena da sociedade ficar à mercê dos interesses dos poderosos, que se acostumaram a controlar tudo e todos. É uma violência à democracia, não podemos retroagir na História, e a blogosfera neste momento é de importância crucial para exercitar o direito de livre expressão do pensamento, garantido na nossa Constituição Federal. Tomemos uma atitude cidadã.

Vamos ver até onde essa corda estica... (blog da Franssinete Florenzano)

Dilma e as mães da praça de Maio


Dilma recebe lenço das mães e avós da Praça de Maio
Presidente foi recebida de pé e com aplausos pelas mulheres, na Argentina.
Grupo foi formado para descobrir paradeiro de desaparecidos na ditadura.(Nathalia Passarinho Do G1, em Buenos Aires)

Ousar lutar, ousar vencer também nas questões de partido

A reunião da Comissão Política Nacional de 28 de janeiro passado fez um importante exame de atualização da situação do partido em todo o país. Após o embate eleitoral, que fornece uma panorâmica clara das virtudes e deficiências do esforço de construção partidária, o debate propiciou uma generalização que levanta um conjunto de questões de enorme atualidade.

A intervenção pelo Secretário Nacional de Organização, Walter Sorrentino, após debate no Secretariado Nacional, foi a base para o debate. Ela se apoiou num relatório elaborado pela Secretaria, previamente enviado aos membros da CPN, circunstanciando a situação do partido estado por estado. Com base nele, se produziu uma pauta bilateral entre a direção nacional e cada comitê estadual, visando conferir em comum os esforços pela superação das deficiências e construção de perspectivas.

O exame apresentado comprova mais uma vez que o partido viveu grandes transformações na década 2001-2010. Nós as vivenciamos diariamente e já tratamos delas em todos os Congressos realizados nesse período. A prática nos impeliu a elaborar linhas políticas, ideológicas e organizativas mais ou menos completas e consentâneas com a realidade, que estão ainda maturando em sua aplicação. Novos aportes foram apresentados no relatório.

Temos claro que a “marca do tempo” para os comunistas é de acumulação estratégica de forças em meio a uma situação de pressões rebaixadoras da missão e papel do PC. Fomos levados a formular um rumo de resistência e ao mesmo tempo de atualização programática, mantendo a identidade e o caráter do PCdoB. O programa atualizado, consentâneo e maduro em termos de pensamento estratégico, forneceu um vértice realista para esse rumo.

Buscamos também teorizar sobre as linhas de acumulação estratégica de forças, combinando sem unilateralismos as formas de luta político-eleitoral-institucional, com a luta social e a luta de ideias. E nos batemos permanentemente pela unidade de ação e disciplina no partido, combatendo a dispersão de projeto e pragmatismo.

A realidade do mundo e do Brasil mantém essa pressão sobre os comunistas. A crise do capitalismo, todavia em curso, não vem produzindo propriamente saídas revolucionárias, nem sequer progressistas pela esquerda, nas metrópoles. Os países socialistas – na China, Vietnã, Coreia ou Cuba – todavia estão dando curso a suas experiências diversificadas de transição.

Na América do Sul, experiências intermediárias de distintos graus estão em curso, sem definição quanto à resultante quanto à afirmação nacional de cada país e superação de fato do subdesenvolvimento, em meio a um mundo hostil e dominado ainda pelas forças do sistema financeiro mundial e pelo imperialismo.

No Brasil, a experiência de governo se dá sob hegemonia do PT, ou melhor, sob a tentativa de hegemonismo. Com um programa de desenvolvimento democrático que tem o social como eixo, não está assegurado que se possa fazer a plena afirmação nacional em meio a um mundo com poderosas contradições em gestação, pondo em questão precisamente as nações e Estados nacionais.

A realidade política imediata com o novo governo ainda está em sedimentação. Mas é indicativo de que o PT, como partido mais forte do país, um dos maiores partidos de esquerda do mundo, no governo central, com um projeto de poder que se quer duradouro, todavia não sinaliza a constituição de um núcleo de esquerda como fator de avanço para o governo Dilma.

A assunção mais frontal da luta eleitoral-institucional pelo PCdoB, hoje irrecusável e recuperando o tempo em que não a assumimos, vem significando, assim, maior pressão sobre o caráter e construção partidária. Nós somos conscientes disso e buscamos apresentar linhas elaboradas para o enfrentamento dessa pressão. Mas não podemos nos furtar a um novo exame da realidade e aprimorar linhas e práticas – sobretudo as práticas – com que enfrentamos isso na construção partidária.

Foi esse o sentido da conclusão maior a que chegamos ao relatório:

“o fenômeno principal, marcante, mesmo onde há evolução positiva do partido e vitórias [nos Estados], é que se acumulam rapidamente divisões e disputas no partido, em função da assunção integral da luta eleitoral-institucional como acumulação de forças nas condições do país. São pressões naturais à maioria dos partidos, em geral em torno de acomodação de projetos, interesses menores alheios ao projeto central do partido, ou mesmo disputa de direção partidária: indisciplinas, arranjos, compromissos à margem de princípios, em torno de estruturas e pragmatismo. Isso é mais ou menos generalizado, tanto mais grave nos efeitos onde o partido tem caráter mais espontaneísta ... mas também partidos mais estruturados tiveram manifestações parciais desse fenômeno: “chegou minha hora, quer dizer, hora do projeto pessoal”.

Isso corresponde à formação de tendências diversas no interior do partido que, não raro, se cristalizam e às vezes se tornam crônicas.

No tocante à estruturação partidária, manifesta-se hiato organizativo na nova magnitude alcançada pelo PCdoB. Fileiras mais extensas diluem relativamente o caráter militante no tocante à missão do partido. Deve ser mencionado, ao lado disso, o hiato que se verifica com o tratamento dado ao Programa Socialista, pouco difundido, atuando insuficientemente como vértice do processo de ação política e formação partidária.

Isso tudo se apresenta como um sistema de defasagens dinâmicas. Tem sentido importante porque revela dinamismo partidário, um partido em crescimento e afirmação. Mas representa um enorme desafio. O que elaboramos para o seu enfrentamento é justo: uma política de quadros atualizada, ampla e conseqüente, como fator de garantia do caráter do partido e sua governança; aí reside a essência, afirmamos, e o antídoto às pressões.

Também em curso – mais atrasado, com menos convicções e sem uma prática conseqüente – a luta por vida militante mais estruturada desde a base, ao mesmo tempo ampla e diversificada. Os antigos núcleos militantes organizados de partido remanescem, estão mesmo na base de vitórias alcançadas, mas são cada vez mais ilhas em meio a um mar que se estende; houve uma crise do crescimento nesse particular. Essa luta, dada como rumo, tem por caminho a questão de tornar maduros os comitês intermediários, que está em curso e demanda ainda esforços intensos e prolongados.

Por fim, o trabalho ideológico, na comunicação, formação e propaganda. Ele cresceu, se diversificou, enquanto cresceu mais e se diversificou a realidade da militância partidária. O trabalho com o Programa Socialista, a formação desde o nível de base, é amplamente insuficiente como se pode constatar facilmente.

Sim, é preciso persistir muitos anos mais nos rumos elaborados, com confiança, sem estarmos entrincheirados frente à realidade. Mas isso precisa ser aprimorado. Os fenômenos negativos não são coisas que se possam “naturalizar” e cristalizar no partido. Será preciso “reforçar as fronteiras” definidoras do caráter diferenciado do PCdoB.

Um partido como os outros, imerso sim na luta política, com a política no comando, sim; mas diferente dos outros pela ação de massas persistente, não só nos períodos eleitorais, na luta social, e no caráter de sua missão histórica, dado pelo programa socialista, o caráter militante e unificado de suas fileiras.

O PC no Brasil, após a reorganização e em meio a terríveis vicissitudes, sempre teve esse calcanhar de Aquiles: mais raízes, mais ação de massa, mais bases organizadas. Sempre compensou isso com enorme maturidade e sagacidade de seu pensamento político, sobretudo tático.

Abriu caminho assim, agora vai alargando isso para a esfera eleitoral, de forma gradual e lenta. Fez adaptações em sua construção ideológica e organizativa, quer-se original e criativo nesse sentido, mantendo o sentido de permanência, de princípios, para corresponder à sua missão programática.

Hoje isso nos pede mais esforço para resguardar a identidade do partido, a luta permanente e mais intensa contra a visão rebaixada do partido. Mantendo a política no posto de comando, o decantado virtuosismo político, virtude considerável, não se pode reproduzir aquele “calcanhar de Aquiles”.

A capacidade de formular projeto político realista e sagaz decide muito do futuro do partido em cada situação. Ao lado disso, entretanto, é indispensável aprofundar a linha de massas, renovando e alargando inserções sociais, e indispensável igualmente é a vida militante ativa e unificada, para fazer valer a vontade da maioria do coletivo.

Saberemos retirar desse exame as diretivas apropriadas a cada momento. O importante, agora, é perceber a necessidade de erguer a um nível mais elevado as formas de reavivar a missão do partido, com base em seu programa socialista e seu caráter militante e de unidade interna. Estabelecer com maior nitidez, na prática, a fronteira que demarca o caráter do partido, o que é politicamente justo daquilo que é pragmático e imediatista, o que é coletivo do que é personalista que não quer se subsumir ao projeto maior.

Por ora, e desde já, a CPN precisa se voltar a esse papel, equilibrar melhor suas pautas, dedicando tempo ao exame das questões de partido. Um sistema intranet será constituído para fornecer a seus membros informações atualizadas em tempo real sobre a realidade partidária em todos os Estados e secretarias, um sistema de informação-diretivas-controle.

Isso vai exigir um tratamento prático, integral e combinado de toda a direção e de cada secretaria, com diretivas permanentes para mobilizar desde a base todo o partido. A CPN também deve ter mais frequentemente pautas relativas à realidade partidária no país e mobilizar seus integrantes para nela intervir, para além do secretariado nacional. A CNO, na dimensão organizativa da construção partidária, secundará esse papel.

Na frente política, é ano de retomada concentrada dos desafios do movimento de massa e até março já deve ser estabelecido o esboço inicial do projeto político-eleitoral 2012. A luta política desde a perspectiva dos movimentos sociais e populares também tem neste ano grandes responsabilidades para fazer avançar as mudanças na agenda do governo Dilma.

O crescimento qualificado das fileiras – o partido está bem mobilizado para isso – segue sendo uma diretiva central. Queremos ultrapassar os marcos dos 400 mil filiados até 2012. Na estruturação partidária, o marco principal serão as conferências que mobilizarão o partido de baixo até o alto, em todo o país. Será momento maior de desenvolvimento da política de quadros intermediários.

Um Encontro Nacional será organizado em abril, propondo a participação de dirigentes dos 300 maiores municípios, para permitir falar dos desafios apontados diretamente ao setor intermediário do partido. Além da dimensão política e ideológica de que pode se investir, o Encontro deve ser um marco para a luta por uma vida militante de base mais estruturada, que ao lado da política de quadros é o centro no trabalho da organização.

Os Departamentos de Quadros tem este ano de 2011 como estratégico para sua consolidação. Nacionalmente, será lançado o Estudos Estratégicos, mais um instrumento da formação qualificada dos quadros dirigentes nacionais, centralmente os do Comitê Central. Resta ainda um enorme aporte à frente ideológica, ampliando a difusão do programa socialista na sociedade e sua utilização como vértice de uma mais intensa formação de base.

O desafio de construção de um partido revolucionário nas condições de hoje é gigantesco quanto a manter a identidade, a perspectiva transformadora, alcançar influência política e de massas real. Acumular forças é uma exigência que se dá em meio a fortes pressões que produzem degenerescências no partido, pela liberalização de seu caráter. Adotamos o caminho de crescer e enfrentar essas pressões, o caminho de um partido comunista de quadros e de massas.

É complexa missão, que exige necessariamente uma perspectiva política e de poder, balizadas pelo Programa Socialista do partido. Se a política não é posta no comando e se não for justa, o partido pode degenerar. Uma justa política, de outra parte, abarca necessariamente o reforço da identidade do partido, as fronteiras que demarcam seu caráter militante, unido e disciplinado, e sua capacidade de se mobilizar desde bases organizadas.

Ter uma perspectiva atualizadora não é uma opção entre outras, mas uma necessidade. Como na política, é preciso ousar lutar, ousar vencer, também na esfera das questões de partido.
Fonte: Secretaria Nacional de Organização

Cristina Kirchner: Brasil e Argentina estão ainda mais unidos


A presidente argentina Cristina Kirchner afirmou na tarde desta quarta-feira (31/1), durante a rápida visita de Dilma Rousseff a Buenos Aires, que o fator que a identifica com a chefe de estado brasileira é a convicção de que o desenvolvimento e a soberania das nações não podem estar desvinculados da condição social de seus povos.
"Acreditamos profundamente no crescimento, na soberania nacional, mas estes devem ter a inclusão social como protagonista. Se alguma coisa me identifica com ela [Dilma], é saber que o crescimento econômico somente é bom se o mesmo pode chegar a todas as pessoas através da educação, do trabalho e da moradia”, afirmou. Ela ainda afirmou que, “se antes Brasil e Argentina estavam unidos, a partir de agora estarão ainda mais”.

Mães e Avós da Praça de Maio viram em mim o que perderam ao longo dos anos, diz Dilma
Dilma quer incluir habitação, saneamento e educação na agenda das relações com a Argentina

As duas presidentes destacaram o potencial de uma relação estratégica entre o Brasil e a Argentina, com aprofundamento da integração produtiva bilateral. Dilma ressaltou que a escolha do parceiro de Mercosul para sua primeira visita internacional “não foi por acaso”, e que a relação entre os dois países são fundamentais para transformar “o século 21 no século da América Latina”. (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República/Brasil)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Proposta de reduzir jornada de trabalho tem 229 deputados a favor e 116 contra

Pelo menos 44% dos deputados que farão parte do próximo Congresso apóiam a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem diminuição de salário, bandeira histórica do movimento sindical. As informações são do G1.

À pergunta "É a favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário?", 229 disseram "sim", 116, "não", e 69 não souberam responder, totalizando 414 dos 513 deputados que farão parte da nova legislatura, que começa no dia 1º de fevereiro.

O levantamento ouviu opiniões a respeito de 13 temas polêmicos. Os resultados serão divulgados ao longo deste sábado (29). A reportagem conseguiu contato com 446 dos 513 futuros deputados. Desses 446, 414 responderam ao questionário e 32 não quiseram responder. Outros 67, mesmo procurados por telefone ou por intermédio das assessorias durante semanas consecutivas, não deram resposta – positiva ou negativa – às solicitações (leia mais sobre a metodologia ao final do texto).

Os 229 que se declaram contra a punição de pais representam 44,6% dos 513 que comporão a Câmara e 55,3% dos 414 que responderam ao questionário.

Emenda constitucional

A redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários está prevista na Proposta de Emenda Constitucional 231/95, de autoria deputado Inácio Arruda (PC do B-PE), já aprovada em uma comissão especial do Congresso.

Em 2008, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estimava que a mudança poderia criar até 2 milhões de novas vagas.

No mesmo ano, a campanha pela redução da jornada chegou a ser defendida por Luiz Inácio Lula da Silva. O então presidente, porém, disse que o governo não encaminharia projeto sobre o tema ao Congresso.
Além da redução da jornada de trabalho sem perda de salário, a PEC 231 prevê ainda o aumento de 50% para 75% no valor das horas extras trabalhadas.

No ano passado, o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, criticou a proposta quando foi aprovada em uma comissão do Legislativo, dizendo que era ruim para o setor produtivo. “Eu não vejo como seja possível gerar empregos aumentando o custo de produção das empresas em pleno processo de crise internacional”, disse na época.

Levantamento

O levantamento do G1 teve início em 29 de novembro e foi finalizado em 27 de janeiro. Envolveu uma equipe de 25 jornalistas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A reportagem procurou todos os 513 deputados que assumirão mandatos na Câmara. No caso dos deputados que assumiram cargos no governo federal, em estados ou municípios, o G1 procurou o primeiro suplente das coligações para responder ao questionário.(G1)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PCdoB se opõe a ajuste fiscal e propõe reformas estruturais

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil reuniu-se nesta sexta-feira (28) em São Paulo para atualizar as linhas de atuação no período inicial do governo da presidente Dilma Rousseff e iniciar um debate sobre o reforço do caráter da legenda, como um partido comunista, com projeto socialista claro para o Brasil e de luta pelos direitos do povo brasileiro.

O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, destacou na fala de abertura que o novo governo se instalou quando "o mundo vive um momento instável, marcado por profundos desequilíbrios e crise sistêmica do capitalismo”. Nesse quadro, referiu-se ao papel das economias dos países em desenvolvimento, do Bric, da China e do comércio Sul-Sul, como escoadouros mais naturais das mercadorias brasileiras.

O cenário nacional, por sua vez, na opinião do dirigente, é favorável, mas com grandes desafios a enfrentar. Na política, o de manter unida a ampla coalizão e o apoio da base social; na economia, o de manter e elevar a taxa média de crescimento econômico do país; no aspecto social, o de prosseguir a distribuição da renda e, sobretudo, realizar a meta principal anunciada pela presidente de erradicar a miséria.

Referindo-se às novas exigências da situação nacional, do ponto de vista dos comunistas, o presidente do PCdoB levantou duas ordens de questões: em primeiro lugar a solução urgente de problemas cruciais imediatos e em segundo lugar, a necessidade de preparar e realizar reformas estruturais.

Oposição ao ajuste

Quanto à primeira ordem de questões, o presidente do PCdoB foi enfático: “A alta dos juros não pode continuar sendo a única saída para combater a inflação”. Ele também criticou que até agora a equipe econômica não foi capaz de reverter a tendência de sobrevalorização da moeda brasileira, com grande prejuízo para a economia nacional. Destacou também que vê com preocupação que o Brasil, ao invés de intensificar sua transformação em país industrializado, com alto padrão tecnológico, permanece ainda marcando passo na condição de exportador de commodities agrícolas e minerais.

Rabelo criticou duramente as pressões do imperialismo, através do FMI, das classes dominantes, das forças políticas derrotadas nas últimas eleições e da mídia, para que o governo promova um ajuste fiscal que, em sua opinião, “é o caminho mais curto para o país deixar de crescer e entrar em recessão”. Nesse aspecto, o dirigente comunista foi ainda mais enérgico: “Estamos em oposição a tais diretrizes”.

Para ele, “nas definições sobre esses problemas, estão em jogo disputas políticas de grande envergadura, que podem definir o rumo e o caráter do governo Dilma, pressupondo-se que o enfrentamento dos problemas do país suscitará intensa luta de ideias e opiniões dentro e fora do governo, na qual obviamente os comunistas têm inteira liberdade de crítica”.

De conformidade com a linha política e programática do partido, Rabelo reafirmou que “é preciso resolver os grandes problemas nacionais na ótica da soberania nacional, da democracia e do avanço social”.

Como medidas econômicas imediatas, o presidente do PCdoB propôs o estabelecimento de limites e prazos para a entrada e saída de capitais, mais precisamente o controle dos fluxos de capitais; a adoção de algum controle nas remessas de lucros e dividendos para o exterior; a redução da taxa real de juros; o aumento da taxa de investimentos; a elevação real do salário mínimo e o fomento ao consumo de massas.

Para ele, se essas medidas não forem tomadas, “o Brasil será sempre atrativo para os especuladores e não sairá do círculo vicioso e perverso do combate à inflação com juros altos e câmbio valorizado”.

Essas medidas, em seu conjunto, fazem parte de um esforço para “redirecionar a política macroeconômica”, o que ainda não foi feito devido “aos inarredáveis compromissos com os setores dominantes”.

Reformas estruturais

A segunda ordem de questões diz respeito aos temas cruciais para fazer o Brasil avançar e dar um salto em seu desenvolvimento econômico e progresso social: as reformas estruturais, “sobre as quais o governo nada disse ainda, se vai empreendê-las ou mesmo se estão em seu horizonte”. Na concepção do dirigente comunista, “são reformas estruturais democráticas”.

Citou as mais urgentes: reforma do sistema financeiro para reverter a lógica rentista e favorecer a lógica produtiva; reforma tributária progressiva; reforma urbana; reforma agrária, fortalecendo os pequenos e médios empreendimentos e a agricultura familiar; reforma política e democratização dos meios de comunicação.

Hegemonismo petista

O presidente do PCdoB analisou a conjuntura política em que se constituiu o governo, o balanço de forças no Ministério e no Congresso - destacando que o quadro político é marcado pela hegemonia do PT e por uma aliança básica deste com o PMDB. Da aliança, lembrou, participam também, em posição inferior, outros partidos de esquerda, mas também um amplo espectro de forças de centro.

Para Rabelo, “é preciso instar o PT a concretizar o projeto nacional e democrático de maneira conseqüente”. Mas a questão fundamental a resolver para avançar no rumo democrático, de fortalecimento da soberania nacional e progressista, é “constituir uma maioria de esquerda no Congresso nacional”.

Fortalecimento do PCdoB

É nesse quadro que avulta a importância de fortalecer o Partido Comunista do Brasil. “O PCdoB deve sustentar sua identidade, demarcando claramente as suas fronteiras políticas e ideológicas, em combinação com sua necessária atualização nas condições da época, ousar na formulação e aplicação de uma tática ampla e flexível e ousar lutar”, disse o líder do PCdoB.

Nesse sentido, Rabelo propôs cinco eixos para a atividade partidária no curto prazo: 1) Construir o projeto político-eleitoral para 2012 para avançar na acumulação eleitoral do PCdoB;
2) Mobilizar o movimento social e popular, na defesa dos anseios das massas, em conjunção com a luta política em curso no país por avanços de caráter nacional, democrático e popular;
3) Defender o Programa do PCdoB e se orientar por ele;
4) Organizar e mobilizar o partido pela base e
5) Fortalecer materialmente o partido.(Secretaria de Comunicação do PCdoB)

Para evitar broncas, ministros de Dilma se afastam dos holofotes

Presidenta tem demonstrado pouca tolerância com deslizes, principalmente no que se refere a informações repassadas à imprensa

Na primeira reunião ministerial, a presidenta Dilma Rousseff enquadrou a equipe com o seguinte recado: não ia admitir ataques públicos nem troca de chumbo pela imprensa.

Nos bastidores, ministros brincam que a orientação tinha uma "mensagem subliminar", a de que a presidenta não ia tolerar declarações e entrevistas a mídia que destoassem do conjunto do governo. De perfil centralizador e avessa a holofotes, Dilma já demonstrou que a última palavra é sempre dela em questões polêmicas.

"Diferentemente do Lula, ela é menos tolerante com deslizes, principalmente se eles vão parar na imprensa", disse um ministro veterano ao iG.

Um dos exemplos é a demissão de Pedro Abramovay da Secretaria Nacional Antidrogas, na semana passada. Apadrinhado pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Abramovay caiu antes de assumir a função por conta de uma entrevista polêmica sobre penas para traficantes de drogas.

Ao ler a matéria, Dilma não gostou e mandou o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, chamar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Eles tentaram poupar Abramovay, mas a presidenta optou pela saída do secretário. Nas alegações, a presidenta teria ficado irritada com pedidos de terceiros pela manutenção do secretário no cargo.

O "glamour" de ser ministro, com regalias e holofotes, também agrada menos aos ministros da "geração Dilma". Segundo um petista, a presidenta muda aos poucos o conceito de ministro. "Vai ser ao estilo Capitão Nascimento: vai ter gente pedindo para sair", disse ele.

Figurino

O figurino do governo Dilma também tem sido cumprido com rigor pelos ministros. Após o recado da presidenta, na última reunião ministerial, de que jatinhos da FAB são só para compromissos profissionais, Palocci, Cardozo e Carvalho “racharam” um voo no último domingo de São Paulo para Brasília.

Pelas regras, os ministros têm direito a solicitar um voo cada, mas como o destino dos três era o mesmo, eles combinaram de se encontrar no aeroporto de Congonhas às 22horas para decolar no avião da FAB e economizar no pedido.
Evitar dar entrevistas é, também, uma forma de escapar de uma eventual saia justa com a chefe do Planalto.

Na semana retrasada, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, havia dito em entrevista coletiva que não estavam descartados cortes no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), mas, ontem, Dilma demonstrou outra posição:
"Nós não vamos, não vamos, vou repetir três vezes, não vamos contingenciar o PAC", disse, sob aplausos, durante entrevista coletiva no Rio. A ministra também estava na platéia.

Acordo tenta acabar com extração ilegal de madeira em Anapu

Um acordo entre Ibama, Incra e produtores rurais tentará acabar com a extração ilegal de madeira no Assentamento Esperança, em Anapu, no Pará. O documento foi assinado durante audiência pública realizada no município.

O clima foi tenso durante nove horas de audiência. Foram feitas denúncias de ameaças, crimes ambientais e principalmente reivindicações à Ouvidoria Agrária Nacional, como a reforma ocupacional dos assentamentos, a construção de duas guaritas nas vicinais que dão acesso aos lotes e o fim da extração ilegal de madeira dentro dos projetos sustentáveis.

Durante a audiência pública, foi assinado um termo de compromisso entre autoridades e movimentos sociais com objetivo de regularizar assentamentos e coibir a exploração de madeira.

“A gente vai ter de trabalhar provavelmente em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, onde a gente possa ter acesso à base de dados de autorizações de transporte e aos planos de manejo”, explicou Sérgio Suzuki, superintendente do Ibama no Pará.

A ouvidoria agrária vai elaborar um relatório com as reivindicações e as denúncias feitas pelos trabalhadores rurais e cobrar ações das instituições como o Incra e o Ibama no município de Anapu.

“Vamos estabelecer um cronograma para que esses órgãos possam executar aquilo que é de sua atribuição e, dessa forma, resolver os problemas, ou seja, diminuir o conflito agrário no local e diminuir a violência também na zona rural”, esclareceu Gercino Silva, ouvidor agrário nacional. (Fonte: Globo Natureza)

Homem moderno emigrou da África há menos de 100 mil anos, diz estudo


O Homo sapiens emigrou da África há menos de 100 mil anos, muito antes do que se pensava até agora, revelam ferramentas descobertas na península arábica, segundo trabalho que será publicado na edição desta semana da revista científica “Science”.

A presença do homem moderno na península arábica pode remontar há 125.000 anos, segundo a equipe internacional de pesquisas chefiada por Hans-Peter Uerpmann, da Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha.

O período no qual o homem moderno começou a emigrar do continente africano e a cronologia de sua dispersão pelo Mediterrâneo e ao longo da costa da península arábica têm sido tema de debate há tempos.

No entanto, a maioria dos vestígios e rastros descobertos até o momento leva a crer que esta migração ocorreu há 60 mil anos.

A equipe de cientistas, chefiada por Simon Armitage do Royal Holloway da Universidade de Londres, descobriu um conjunto de ferramentas no sítio arqueológico de Jebel Faya, em particular sílexes talhados em ambos os lados para cortar ou cavar, machados sem empunhadura e raspadeiras.

Os cientistas começaram a escavar em 2003 e inicialmente encontraram artefatos da Idade do Ferro, do Bronze e do Neolítico, mas depois descobriram estas ferramentas que remontam ao Paleolítico médio, período que se estende de 300.000 até 30.000 anos atrás.

Os arqueólogos recorreram a uma técnica chamada luminescência por estímulo óptico, que permite medir há quanto tempo um objeto não está exposto à luz. Assim determinaram que estas ferramentas de pedra remontam a um período que vai de 100 mil a 125 mil anos. (Fonte: G1)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Centenário de Nelson Cavaquinho inspira Mangueira e CD-tributo



Em "Quando Eu Me Chamar Saudade", um de seus tristíssimos sambas, Nelson Cavaquinho (1911-1986) dizia preferir receber "as flores em vida". Que depois da morte e do tempo passado, ele acabaria esquecido. "Por isso é que eu penso assim: se alguém quiser fazer por mim, que faça agora."

Ao que parece, o Brasil levou o pedido a sério. No centenário de nascimento do autor de clássicos como, entre tantos, "Luz Negra", "A Flor e o Espinho", "Juízo Final", "Palhaço", "Folhas Secas" pouca coisa está sendo planejada em seu nome.

São raras as exceções.

A mais importante vem da Estação Primeira de Mangueira, escola do compositor, que dedica a ele o enredo deste ano: "O Filho Fiel, Sempre Mangueira".

Também perto do Carnaval sai um álbum com gravações inéditas de sua obra por 20 artistas da MPB.

Organizado pelo produtor Thiago Marques Luiz para a pequena Lua Music, vai reunir sambistas (Beth Carvalho, Alcione, Fabiana Cozza, Lecy Brandão, Teresa Cristina, Benito di Paula) e cantores de outros universos (Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Ângela RoRo, Cida Moreira).

"Ninguém ainda se debruçou sobre Nelson Cavaquinho como ele mereceria", diz Paulinho da Viola. "Pode haver um livrinho ou outro, mas nada que conte um décimo do que foi a vida dele." (Folha de S. Paulo)

Dilma anuncia a construção de 6.000 casas para atingidos pelas chuvas no Rio


A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27), durante evento no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, a construção de mais 6.000 residências para atender os atingidos pelas chuvas na região serrana do Estado. Mais de 800 pessoas já morreram na região.

Além disso, foi anunciada a doação de 2.000 residências por parte de 12 empresas construtoras.

“As perdas não tem preço nem podem ser superadas só com uma casa, mas acho que esta é uma iniciativa que vem no sentido de melhorar a situação”, disse.
Segundo a presidente, cabe ao governo estadual a desapropriação dos terrenos e as obras de infraestrutura e, ao governo federal, a construção dos imóveis. Dilma enfatizou que esta é uma atitude emergencial feita com subsídio do governo.

PAC

Dilma afirmou ainda que os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão poupados de eventuais contingenciamentos orçamentários a serem feitos pelo governo federal.
"Nós não vamos, nós não vamos --vou repetir três vezes-- nós não vamos contingenciar o PAC", disse durante entrevista coletiva. (UOL Notícias)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Saúde de Belém sem teto

O atual Secretário de saúde de Belém, Sr. Sergio Pimentel é a autoridade municipal mais conhecida da cidade.Infelizmente não pela competência e sim pela presença assídua nos órgãos de comunicação sempre tentando explicar porque a saúde de Belém vive um caos.

O caso desta semana foi justamente a queda de parte do teto do PSM da Quatorze quase na cabeça dos pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo(UTI).As pessoas que respiravam com a ajuda de aparelhos tiveram que ser enviadas ás pressas para outro ambiente.Mais uma vez, o secretário falou que este é um caso isolado.E o que dizer das macas no corredor, da falta de higiene, da espera de dias pelo atendimento, dos equipamentos quebrados?

O triste é que nestes 07 anos de governo não se traçou nenhum plano de médio e longo prazo para suprir as necessidades de uma cidade que cresce a cada dia.Pode ser porque neste goberno atual o Conselho Municipal de Saúde que "deveria" ser um órgão de controle social com a participação popular é biônico e composto por puxa-sacos do prefeito.(LM.)

Taxa de desemprego é menor no Brasil

O Brasil vem mudando por conta do último Governo e suas estratégias. Apresentando uma taxa de desemprego menor que a dos países de primeiro mundo. Pelo menos nas áreas metropolitanas, abaixo da média mundial.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) existem mais jovens desempregados nos Estados Unidos e na Europa que no Brasil.

Antes da crise, em 2007, a taxa de desemprego no Brasil era de 8 2%. Hoje, é de 5,7%. Em 2007, o mundo apresentava desemprego de 5,6%. Atualmente, chega a 6,2%.

Nos países ricos, a taxa é de 8 8% em 2010, ante meros 5,8% em 2007. “O Brasil é um dos raros casos onde há uma tendência contrária ao que ocorre pelo mundo”, diz a OIT. Segundo o governo, 2,5 milhões de empregos foram criados em 2010. (Fonte: Agência Estado-blog do Bacana)

Aniversário de Tom Jobim


Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, Tom Jobim, faria 84 anos hoje. Nasceu em 25 de janeiro de 1927 e faleceu em 8 de dezembro de 1994.

É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova. É praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical. Foi compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista.

Nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Tom mudou-se com a família no ano seguinte para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.

Algumas de suas composições consagradas:
• Garota de Ipanema, Desafinado, Chega de Saudade "Chega de Saudade" (1957), o marco inicial da bossa nova
• "Água de Beber"
• "Desafinado" (1959), vencedora de três prêmios Grammy
• "Samba de Uma Nota Só" (1959)
• "A Felicidade" e "O Nosso Amor", do filme Orfeu Negro (1959)
• "Insensatez" (com Vinícius de Moraes) (1960)
• "Garota de Ipanema" (com Vinícius de Moraes) (1963)
• "Fotografia" (1965)
• "Triste" (1967)
• "Wave" (1967)
• "Águas de Março" (1970)
• "Luiza"
• "Corcovado"
• "Dindi"
• "Retrato em Branco e Preto" (com Chico Buarque)
• "Samba do Avião"
• "Anos Dourados"
• "Meditação"
• "Só Tinha de Ser com Você" (1974)
• "Sabiá"
• "Eu sei que vou te amar"

O que está em jogo no Fórum Social Mundial 2011


As questões do Fórum Social Mundial de Dakar estão organizadas em três grandes temas: a conjuntura global e a crise, a situação dos movimentos sociais e cívicos e o processo do Fórum Social Mundial.

O FSM Dakar também será o momento para o debate sobre o caráter incompleto da descolonização e devir de uma nova fase descolonização. No Fórum de Dakar uma outra questão fundamental será a do seu alcance político nas mobilizações sociais e da cidadania. Isso conduz ao problema da expressão política dos movimentos sociais e de sua relação com os governos. (UOL)

UBM convoca seu 8º Congresso Nacional



A coordenação nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) se reuniu no último final de semana (22 e 23) em São Paulo para definir os rumos da entidade diante da nova realidade política. A entidade irá avançar ainda mais no fortalecimento das lutas feministas e no protagonismo das mulheres com a realização do seu 8º Congresso Nacional, que ocorrerá de 27 a 29 de maio deste ano.

Agendas para 2011

08 de Março – Dia Internacional da Mulher
27 a 29 de Maio – 8º Congresso Nacional da UBM
3ª Conferência de Políticas para as Mulheres (data indicativa: 2º semestre)
Marcha das Margaridas

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Das 10 economias que crescerão mais em cinco anos, seis são africanas

Seis das dez economias que mais crescerão nos próximos cinco anos ficam na África Subsaariana, de acordo com a revista britânica The Economist.

Angola aparece em primeiro lugar, seguida da China. Os outros africanos da projeção são a Nigéria, Etiópia, o Chade, Moçambique e Ruanda. Para todos eles, a estimativa é de crescimento anual médio de cerca de 8%.

A África inteira ainda é responsável por apenas 2% da economia mundial. Mas, de acordo com a revista, as altas demandas da China por matéria-prima, junto com o alto preço das commodities, farão o continente ter mais importância no total de negócios. Petróleo, gás, outros minerais para componentes eletrônicos, além de madeira e gêneros agrícolas são alguns dos grupos de grandes compras chinesas.

Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial da África, superando a União Europeia e os Estados Unidos. O volume de negócios entre a China e os países africanos bateu recorde em 2010, chegando a US$ 114,8 bilhões (aproximadamente R$ 194 bilhões), 43,5% mais que no ano anterior.

Outro fator é o alto investimento direto feito no continente – só pela China, mais de US$ 9,3 bilhões em 2009 (cerca de R$ 15 bilhões) - bem como o perdão de dívidas e as ajudas externas. A urbanização e a melhoria na gestão pública também são apontados como pontos a favor do crescimento africano.

Meio milhão de chineses deixaram seu país para trabalhar em mais de 500 projetos na África, em áreas como mineração, infraestrutura, manufaturas e tecnologia.( Por: Eduardo Castro, da Agência Brasil)

STF oculta nomes em 75% dos novos inquéritos

Além de esconder nome de investigados, Corte exige a compra de um certificado digital para a leitura dos processos.

Devido à orientação dada no segundo semestre do ano passado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cesar Peluzo, 75% dos 48 inquéritos que chegaram à Corte desde agosto, quando se reiniciam os trabalhos da Justiça, contam somente com as inicias dos nomes das autoridades investigadas. A medida, que vai na contramão da transparência, impede que o cidadão saiba quais as figuras públicas que estão na mira do judiciário.

O privilégio, concedido a deputados, senadores e outras autoridades em processos que não tramitam sob o segredo de justiça, não se estende aos tribunais inferiores, onde cidadãos comuns seguem sendo identificados por seu nome completo mesmo durante a fase de investigação. Além disso, o STF também adotou desde o ano passado uma outra medida para dificultar o acesso aos autos que lá tramitam.( Severino Motta, iG Brasília)

O Poder Judiciário na mira da sociedade

O Poder Judiciário foi alvo de uma larga pesquisa feito pelo IPEA, em 2010, e dela obteve a baixa nota 4,55. Com isso, está dado o recado: o Poder Judiciário precisa ofertar ao povo brasileiro um novo formato de justiça, e que a prestação dela se dê de forma correta, eficiente e no tempo certo.

Embora tenha se fortalecido e crescido as defensorias públicas durante o Governo Lula ainda é insuficiente para atender a grande demanda da população.

A justiça brasileira apresenta um forte caráter de classe: “a justiça pende sempre para o lado do dinheiro”.

Não se justifica que este órgão não tenha um controle da sociedade. Não se justifica que os juízes tenham mandato vitalício. É notório o alto grau de corporativismo do judiciário onde se vêem juízes comprovadamente corruptos serem defendidos e mantidos graças à ação direta e indireta de seus pares.

E a baixa nota dada pela população na recente pesquisa demonstra a insatisfação popular e a desmoralização deste que deveria ser o poder exemplar para toda a sociedade.

Faz-se necessária a urgente reforma política ampla, que abranja todos os poderes do Estado e que cada Poder atue de modo a garantir os direitos e o bem estar dos cidadãos, em particular o poder judiciário.

Milton Nascimento se apresenta em Cuba com Pablo Milanés


O cantor e compositor Milton Nascimento fará uma série de apresentações em Cuba ao lado de Pablo Milanés em fevereiro, em Havana e outras cidades, informou o músico cubano. "Milton Nascimento é uma grande estrela universal, para mim, a voz mais bela do mundo", disse Milanés.

"O próximo que tenho aqui é Milton Nascimento em Havana e em alguma outra parte do interior do país, o convidamos para vir em fevereiro", disse Milanés, 67 anos, fundador da "Nueva Trova Cubana", junto a Silvio Rodríguez.

Ele fez o anúncio no fim de um espetáculo no teatro "Karl Marx" de Havana, onde reuniu milhares de admiradores. A apresentação foi a penúltima de uma série em distintas cidades cubanas, que termina na quinta-feira, na Ilha da Juventude.

domingo, 23 de janeiro de 2011

ProUni recebe mais de 300 mil inscrições no 1º dia

Brasília – Prosseguem neste fim de semana as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece 123,1 mil bolsas de estudo em 1,5 mil instituições privadas de ensino superior.

Do total, 80,5 mil bolsas são integrais e 42,6 mil parciais, que cobrem 50% da mensalidade. Até as 18h da sexta (21), primeiro dia de inscrições, 316 mil estudantes preencheram o formulário do ProUni no portal do programa na internet. O prazo termina na terça-feira (25).

Para participar do ProUni, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou estabelecimento privado com bolsa integral, além de atender a alguns critérios de renda. É necessário ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, atingido pontuação mínima de 400 pontos na média das cinco provas e não ter tirado zero na redação.

As bolsas integrais são destinadas aos alunos com renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo. As bolsas parciais são para os candidatos cuja renda familiar mensal per capita não passe de três salários mínimos.

O candidato pode escolher até três cursos, elegendo uma prioridade. A lista dos pré-selecionados em primeira chamada será divulgada dia 28 de janeiro. Esses estudantes deverão comprovar informações nas instituições de ensino até 4 de fevereiro. No dia 11 de fevereiro, será divulgada a lista dos pré-selecionados em segunda chamada, com prazo de comprovação de documentos até 17 de fevereiro.

Caso ainda haja bolsas disponíveis, o Ministério da Educação abrirá um novo período de inscrições entre os dias 21 e 24 de fevereiro, com divulgação da primeira lista de pré-selecionados em 27 de fevereiro. Quem já tiver conseguido uma bolsa na primeira etapa de inscrições não poderá participar da disputa. (Agencia Brasil)

Dilma muda rotina na próxima semana com três viagens


São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires estão na agenda da presidente, que normalmente tem se dedicado a reuniões no Planalto, com raras aparições públicas.

A presidente da República, Dilma Rousseff, quebra na próxima semana a rotina que vem desenhando nas primeiras semanas de mandato, com três viagens em sete dias.

Até agora, Dilma realizou apenas uma viagem, para a região serrana do Rio de Janeiro, afetada pela chuva que matou mais de 750 pessoas até agora.

Brasil se aproxima de 14 milhões de filiados a partidos

O PMDB foi o partido que mais cresceu em número de filiados entre novembro de 2009 e novembro de 2010, chegando a 2.315.651 milhões de integrantes. A expansão de 16%, a maior entre as siglas, representa 300 mil peemedebistas a mais, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O levantamento mostra que, no total, cresceu o número de brasileiros associados a siglas políticas, mantendo uma tendência sentida desde 2006. Na primeira metade da década, houve uma estagnação na filiação partidária. Em 2005, eram 11,6 milhões de filiados, e hoje são 13,8 milhões, o que significa que o PMDB tem 16% do total.

Se consideradas a diferença entre o início e o fim do governo Lula, no entanto, o partido chega a este ano praticamente na mesma situação vista em 2002, quando tinha 2,2 milhões de integrantes. É interessante, neste caso, observar que há dois movimentos em torno da sigla. Até novembro de 2005, o partido perde 200 mil integrantes. Em 2006, coincidência ou não, adere à base aliada e passa a crescer, recuperando-se completamente do êxodo do período anterior.

PT e PP estão praticamente empatados na segunda posição da lista do TSE, ainda bem atrás do partido do vice-presidente, Michel Temer. O primeiro registrou crescimento mais acelerado nos últimos oito anos, com expansão de 68% ao longo do governo Lula. Em 2002, o PT tinha 828 mil filiados, passando a pouco mais de um milhão em 2005, quando ainda figurava atrás do próprio PP e do PSDB. Hoje, após crescimento de 32% em cinco anos, chega a 1.394.292 associados.

Já o PP registra um encolhimento ao longo da década. Tinha pouco mais de 1,4 milhão de filiados em 2002, antes do começo do governo Lula, e chega ao fim com 1.369.716.
Na terceira posição fica o PSDB, com 1.315.527, que registrou crescimento de 9,47% entre 2009 e 2010. Durante o mandato de Lula surgiram em torno de 300 mil tucanos, expansão de 25%. PTB, PDT e DEM vêm a seguir, sendo essas as siglas que somam mais de um milhão de filiados. Isso significa que outras 20 siglas estão abaixo de um milhão de filiados – em 2005, eram 22.

O PCdoB também teve um expressivo crescimento com perto de 500 mil filiados.

No pé da lista estão o PCO, com 2.874 integrantes, PSTU, com 12.541, e PCB, com 15.986. As três encolheram em número de filiados no ano eleitoral. (Por: João Peres, Rede Brasil Atual )

Importantes acontecimentos históricos


Nesse fim de semana importantes acontecimentos ocorreram na história.
No dia 21 de janeiro em 1924, morre Lênin, líder da revolução soviética; 1 milhão de pessoas vão ao velório. Seu corpo mumificado, está na Praça Vermelha até hoje, contra a vontade do regime pós-soviético.

Ainda no dia 21 de janeiro em 1984, encontro nacional de 4 dias em Cascavel, PR, funda o MST que terá notável presença nas lutas sociais brasileiras.

No dia 22 de janeiro nasce na Sardenha Antonio Gramsci, fundador do PC Italiano. Preso por 11 anos pelo fascismo, produziu notável obra teórica nos cárceres.
No dia 22 de janeiro de 1905 acontece o “Domingo Sangrento”: cossacos fuzilam passeata na Rússia; começa a Revolução de 1905 que cria os primeiros soviets.

No mesmo dia 22 em 1945 acontece o 1º Congresso Brasileiro de Escritores, no Rio de Janeiro, que critica o Estado Novo, pede completa liberdade de expressão e diretas para presidente.

No dia 22.01.1939, jorra petróleo pela 1ª vez no Brasil, no poço de Lobato, na Bahia.

E na mesma data em 1998, o filme “Central do Brasil” ganha o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O feminismo é bom especialmente para os homens


O feminismo é bom para todos, especialmente para os homens.

Sexismo é preconceito relacionado a questões de gênero. Machismo e homofobia são manifestações de sexismo.

Quando alguém busca igualar "machismo" a "feminismo", está na realidade desqualificando o feminismo, às vezes propositadamente, para não sair da zona de conforto de seu pensamento passado. Mas isso é um erro para os machistas. (Por Gunter Zibell)

China socialista poderá ser maior potência em 10 anos

Maior acontecimento internacional a visita do presidente da China Hu Jintao aos EUA.Apesar da deselegância americana em pressionar os chineses tentando dar aulas de direitos humanos e reclamando da desvalorização do yuan (moeda chinesa)frente ao dólar, a potência socialista mostrou mais uma vez a força de sua economia.
Anunciou ontem crescimento de 10,3% de seu PIB.Não é a toa a preocupação dos EUA.Seus próprios analistas dizem que a continuar assim a China deverá ultrapassar os EUA transformando-se na maior economia do mundo na próxima década.
Apesar do crescimento chinês, Hu Jintao deixou bem claro o interesse em manter relações diplomáticas positivas com os EUA, o chamado "desenvolvimento pacífico". Para os chineses, a fase atual da construção do "socialismo com peculiaridades chinesas" exige paz e cooperação econômica entre as nações.

120 anos do nascimento de Gramsci


Antônio Gramsci nasceu em 23 de janeiro de 1891 na minúscula e paupérrima cidade de Ales, no oeste da Sardenha, Reino da Itália. Fundador do Partido Comunista Italiano, se dispôs a estabelecer uma unidade entre a teoria e a prática do marxismo.

Criticou o elitismo dos intelectuais e exerceu profunda influência sobre o pensamento marxista.

Na Universidade de Turim, entrou em contato com a Federação Juvenil Socialista e filiou-se em 1914 ao Partido Socialista. Em 1919 fundou, com Palmiro Togliatti, o jornal "L'Ordine nuovo". (mais informações no portal da Fundação Maurício Grabois ou no blog do Sorrentino)

Nilson Chaves e Vital Lima lançam DVD


Show de lançamento do DVD Sina de Cigano – 30 anos de parceria de Nilson Chaves e Vital Lima, dias 04 e 05 de fevereiro, no Theatro da Paz, às 21h. Ingressos na bilheteria do teatro a partir de R$ 30,00 (paraíso), R$ 40,00 (camarote de 2ª), R$ 50,00 (plateia, frisa e camarote de 1ª), todos com meia-entrada. Informações (91) 3249-0770, 3224-8948 e 8820-5758.

Nota da CTB - sobre a elevação dos juros

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifesta sua posição contrária em relação ao aumento da taxa de juros divulgado nesta mesma data pelo Banco Central. A alegação de que essa impopular medida seria necessária para conter a inflação não passa de mera cantilena, advinda dos poderosos setores da sociedade interessados na manutenção da maior taxa de juros real do mundo.

É frustrante que o mandato da presidente Dilma Rousseff se inicie com tal decisão. A CTB entende que o novo governo poderia ter sinalizado o início de uma nova era para o país, na qual a orientação monetária do Banco Central pudesse ter um rumo mais ousado – diferente daquele comandado por Henrique Meirelles durante oito anos.

A presidente Dilma Rousseff certamente tem conhecimento de que a decisão de aumentar a taxa Selic para 11,25% ao ano significa um retrocesso para o país. Tal medida reflete no crescimento, no desenvolvimento e nos investimentos necessários para que o governo coloque em prática seu principal compromisso: a erradicação da miséria.

A CTB espera que o novo governo decida enfrentar, o quanto antes, o conservadorismo da política financeira que ainda vigora no Brasil. É preciso que a presidente Dilma Rousseff chame para si essa responsabilidade e proponha um novo rumo para a política monetário do país, de modo que o desenvolvimento econômico e social da nação se torne de fato uma realidade, em consonância à expectativa criada por aqueles que a elegeram.

Wagner Gomes

Presidente nacional da CTB

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Banco central continua atrasado

Comemorado pelos agiotas de plantão, o Conselho Monetário Nacional, sob a coordenação do novo presidente do BC, Alexandre Tombini elevou a taxa Selic em 0,5%.Pra quem acha pouco, dados dos empresários da FIESP, contrários à alta dos juros, atestam que esta elevação reprsenta nada menos que 9 bilhões a mais a ser pagos este ano na remuneração dos juros dos titulos da dívida pública.Um bom começo para os banqueiros.Um mal começo para a produção e o emprego.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sob tensão, área onde morreu Dorothy Stang recebe PF e Força Nacional

Homens da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança chegaram nesta quarta-feira (19) ao assentamento no qual foi morta a missionária Dorothy Stang, em Anapu (PA), que vive nova tensão entre assentados e madeireiros.

As tropas saíram de Altamira (PA) de manhã. A PF na cidade afirmou que são ao menos 20 homens, entre policiais federais e da Força.

Trabalhadores do assentamento de Dorothy Stang ameaçam fechar Transamazônica
Manifestantes bloqueiam assentamento que era defendido por Dorothy Stang no Pará
Desde a semana passada, assentados do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança bloqueiam uma estrada de terra dentro do área. Eles querem impedir o desmatamento.

Na terça, durante uma reunião com representantes do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) e CPT (Comissão Pastoral da Terra), uma outra divisão de assentados, que negocia com os madeireiros, ameaçou também bloquear a rodovia Transamazônica (BR-230) se o governo insistisse em combater a exploração.

Revoltados com a possibilidade da instalação de guaritas de vigilância na entrada e na saída do PDS, para evitar o trânsito de caminhões com toras, eles chegaram a impedir temporariamente a saída de Cleide de Souza, superintendente do Incra que estava na reunião.

No próximo dia 25, deve ocorrer uma audiência pública com o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, para tentar resolver o impasse.
O conflito atual é muito parecido com o que resultou na morte de Stang, um dos principais marcos da violência agrária na Amazônia. (UOL - JOÃO CARLOS MAGALHÃES)

Sob novo comando, BC decide elevar juros para 11,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (19) elevar a taxa básica de juros (a Selic) para 11,25% ao ano. A decisão foi unânime.

Esta foi a primeira reunião do Copom sob o mandato da presidente Dilma Rousseff e com o BC sob o comando de Alexandre Tombini. O próximo encontro será no começo de março.

Com a decisão, já esperada pelo mercado, a taxa tem sua primeira elevação após três reuniões seguidas (1º de setembro, 20 de outubro e 8 de dezembro do ano passado) em que o Copom decidiu mantê-la. A Selic atingiu também seu maior nível desde abril de 2009.

A última alta havia sido em julho de 2010, quando a Selic passou de 10,25% para 10,75%, taxa que estava em vigência até esta quarta-feira.

País tem 5,2 milhões de empregados domésticos na informalidade

O Brasil tem 5,2 milhões de empregados domésticos sem registro profissional e, por consequência, sem benefícios previdenciários, afirmou hoje o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. Segundo ele, são necessários esforços para aumentar a participação dos trabalhadores no sistema formal. “São pessoas que não têm previdência, auxílios, férias...”

A iniciativa foi assumida também pelo novo presidente do INSS, Mauro Hauschild, que tomou posse em cerimônia realizada nesta quarta-feira em Brasília. Ele assumiu como uma de suas metas à frente do instituto incrementar a renda do INSS com a inclusão de novos participantes, além de combater os desvios e fraudes do sistema.

Segundo Garibaldi, houve sucesso na iniciativa de aumentar o número de participantes na Previdência Social o programa Empreendedor Individual – capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Segundo o ministro, foram 852 mil novos inscritos na previdência por meio do programa.

Para o ministro, o maior desafio da previdência atualmente é colocar novos participantes no sistema, para fazer frente ao envelhecimento da população e, por consequência, a maior necessidade de pagamento de benefícios. “Esse é um reflexo de algo positivo, que é o aumento da expectativa de vida, mas a previdência tem de se preparar para isso.”

Com o envelhecimento da população, acelera-se o crescimento do pagamento de benefícios todos os anos e, para fazer frente a esse avanço, o governo pode optar tanto por estimular as receitas, com novos participantes, ou aumentando as contribuições, ou achatando os benefícios, com o fator previdenciário ou medidas similares.

Eles descartaram, porém, grandes reformas no sistema previdenciário brasileiro para fazer frente a esse grande desafio. “No curto prazo, vamos nos contentar com o combate a fraudes e sonegações”, afirma Garibaldi.

Contribuem para o sistema da Previdência Social brasileira hoje, 40 milhões de pessoas. Outras 28 milhões recebem benefícios, que resultam em uma folha de pagamentos de quase R$ 20 bilhões por mês, segundo dados de dezembro, diz Hauschild. (Danilo Fariello, iG Brasília)

O mundo do trabalho se beneficia com recorde de empregos e alta salarial

Nesses oito anos de governo Lula, com a geração de 15 milhões de empregos com carteira assinada e culminando com o recorde de 2,5 milhões de vagas no ano passado beneficiou sobremaneira os trabalhadores. Combinado com a ampliação nos rendimentos reais, levou a massa salarial real a acumular, pelo quinto ano consecutivo, um avanço expressivo — o salto entre 2009 e 2010 foi 7,6%.

Nesse último ano, a grande maioria das categorias teve aumento real de salário, impulsionando fortemente o mercado interno e toda a economia do país.

Mesmo desconsiderando os rendimentos de militares e do funcionalismo, o rendimento médio real no setor privado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) em sete capitais aumentou 1,4% entre janeiro e novembro, enquanto o emprego formal cresceu 6,1% em 2010 (pelo Caged).

Os principais empregadores também registraram expressivo resultado em 2010. Enquanto o varejo terminou o ano com 601,8 mil comerciantes a mais, o setor de serviços registrou saldo de 1 milhão de trabalhadores. Já o setor de construção civil registrou fechamento líquido de 80 mil vagas no mês passado - no ano, o saldo foi de 329,1 mil empregos formais.

Os petroleiros da Petrobras acumularam ganhos de 1,3% acima da inflação registrada entre 2000 e 2010 e os bancários viram seus rendimentos reais crescerem 3,4%, os operários das montadoras do ABC registraram ganho real de 37,4%, mais que o dobro do já expressivo resultado alcançado pelos químicos - 15,2% acima da inflação no período.

Eram cerca de 60 mil funcionários (petroleiros), em 1994, antes da abertura do setor — base que caiu pela metade até 2002, antes de iniciar uma recuperação acelerada, atingindo os atuais 75 mil trabalhadores.

Entre 2001 e 2003, os bancários tiveram reajustes salariais inferiores à inflação. No primeiro ano do governo Lula, a perda frente à inflação foi a pior desde 1994 — o reajuste ficou 4,92% abaixo da variação acumulada do INPC em outubro daquele ano (17,5%), na data-base da categoria.

Os bancários foram uma das poucas categorias em que houve redução das vagas. Segundo a Contraf, em 2000 os bancos tinham 800 mil funcionários, quase o dobro dos atuais 430 mil. "A tecnologia aumentou muito, claro, mas o número de correntistas também. A redução de trabalhadores não foi apenas produtividade, mas terceirização".

Puxado pelo mercado interno, o Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado passou por avanço superior a 7,5% pela primeira vez em 24 anos, desencadeando problemas na oferta de mão de obra qualificada. "Nosso medo hoje é que o crescimento seja travado por um gargalo de mão de obra qualificada", diz Novais, líder dos trabalhadores do setor químico.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Em uma década, dobra o número de mestres e doutores no Brasil

O número de mestres e doutores titulados no Brasil dobrou nos últimos dez anos. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de 2001 a 2010, a quantidade de pesquisadores formados por ano no país passou de 26 mil para cerca de 53 mil.
Apenas em 2010, 12 mil pesquisadores receberam o título de doutor e 41 mil o de mestre. Os dados constam do balanço final do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação divulgado pelo governo federal no fim do ano passado.

O documento compila informações de vários órgãos ligados à pesquisa no país e avalia o resultado de um plano de investimento lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2007.

Ainda segundo o texto, só em 2009, 161 mil estudantes estavam matriculados em programas de mestrado e doutorado de universidades brasileiras. O número equivale a 90% da soma dos mestres e doutores titulados no país de 2003 até 2009.

“Esses números são extremamente significativos”, afirmou o pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan. “Para padrões latino-americanos, é um crescimento muito grande. Mas ainda temos que avançar”.

Agopyan disse que o aumento na titulação de pesquisadores deve-se principalmente ao investimento governamental. Segundo ele, os governos federal e de alguns estados como São Paulo, Paraná e Bahia entenderam a importância da pesquisa para o desenvolvimento do país e passaram a dar mais atenção ao setor.

Cursos

O número de cursos de pós-graduação ofertados no país também cresceu nos últimos dez anos. Em 2001, eles eram 1,5 mil. Já em 2009, subiram para 2,7 mil. Só as universidades federais têm quase 1,5 mil programas de mestrado ou doutorado.

Bolsas

Além disso, cresceu o número de bolsas de estudo concedidas a estudantes. Em 2001, a Capes e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concederam 80 mil bolsas de mestrado e doutorado. Em 2010, foram 160 mil.

Investimentos

Todo esse investimento, quase atingiu as previsões do Ministério. No lançamento do plano de ação, a expectativa era de que o Brasil passasse a investir o equivalente a 1,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisas até 2010. O montante chegou a 1,25%.

“Empresas também precisam investir em pesquisa”, complementou Agopyan, apontando uma das falhas que o país precisa resolver. “O Brasil é grande. Precisamos formar pelo menos 20 mil doutores por ano”.

A China, por exemplo, investiu 1,44% do seu PIB em 2007. Com isso, formou 36 mil doutores. Já o Japão, um dos países mais inovadores do mundo, investiu 3,44% e formou 17 mil doutores em um ano.(Informações da Agência Brasil)

China supera Japão e já é segunda maior economia mundial

PIB chinês somou mais de R$ 9,9 trilhões no ano passado, o que representa 8,5% do crescimento global

O Produto Interno Bruto (PIB) da China somou mais de 39 trilhões de yuans (US$ 5,9 trilhões ou R$ 9,9 trilhões) no ano passado, o que representa 8,5% do crescimento global, superando o Japão como a segunda maior economia do mundo.

A informação foi dada hoje pelo vice-diretor do comitê de finanças e economia da China, Yin Zhongqing.

O PIB chinês cresceu provavelmente 9,2% no quarto trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano anterior, desacelerando em relação à expansão de 9,6% no terceiro trimestre, de acordo com a média das previsões de 13 economistas. Em 2010, a economia da China teria crescido 10,1%, superando a alta da 9,2% em 2009.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Neoliberalismo e pós-neoliberalismo

O capitalismo passou por várias fases na sua história. Como reação à crise de 1929, fechou-se o período de hegemonia liberal, sucedido por aquele do predomínio do modelo keynesiano ou regulador. A crise deste levou ao renascimento do liberalismo, sob nova roupagem que, por isso, se autodenominou de neoliberalismo.

Este impôs uma desregulamentação geral na economia, com o argumento de que a economia havia deixado de crescer pelo excesso de normas, que frearia a capacidade do capital de investir. Desregulamentar é privatizar, é abrir os mercados nacionais à economia mundial, é promover o Estado mínimo, diminuindo os investimentos em políticas sociais, em favor do mercado, é impor a precariedade nas relações de trabalho.

A desregulamentação levou a uma gigantesca transferência de capitais do setor produtivo ao especulativo porque, livre de travas, o capital se dirigiu para o setor onde tem mais lucros, com maios liquidez e menos tributação: o setor financeiro. Porque o capital não está feito para produzir, mas para acumular. Se pode acumular mais na especulação, se dirige para esse setor, que foi o que aconteceu em escala mundial.

O modelo neoliberal se tornou hegemônico em escala mundial, impondo as políticas de livre-comércio, de Estados mínimos, de globalização do mercado de trabalho para os investimentos, entre outros aspectos. É uma nova fase do capitalismo, como foram as fases de hegemonia liberal e keynesiana. Não se pode dizer que seja a última, porque um sistema sempre encontra formas — mesmo que aprofundem suas contradições — se outro sistema não surge como alternativa, com a força correspondente para superá-lo.

Mas é uma fase difícil de ser superada, porque a desregulação tem muitas dificuldades para ser superada. Mesmo com a crise atual afetando diretamente os países do centro do capitalismo, provocada pela falta de regulação do sistema financeiro, ainda assim pouco ou quase nada foi feito para o controle do capital financeiro, justamente a origem da crise.

Como já se disse: Obama salvou os bancos, achando que os bancos salvariam a economia dos EUA. Mas os bancos se salvaram às custas da economia norte-americana, que segue em crise.

É difícil para o capitalismo desembaraçar-se do neoliberalismo, etapa que marca o final de um ciclo desse sistema. A discussão que se coloca é de se o modelo chinês representa vida útil e inteligência mais além do neoliberalismo ou do capitalismo. Se sua via de mercado se vale do mercado para superar o capitalismo ou se o mercado o vincula de obrigatória e estreita ao capitalismo.

O certo é que ser de esquerda hoje é de lutar contra o neoliberalismo, não apenas resistindo a ele, mas sobretudo construindo alternativas a este modelo, alternativas que projetem para além do capitalismo. O neoliberalismo promove um brutal processo de mercantilização das coisas e das relações sociais. Tudo passa a ter preço, tudo pode ser comprado e vendido, tudo é reduzido a mercadoria, em um processo que tem no shopping center sua utopia.

Nesse caso, lutar pela superação do neoliberalismo é desmercantilizar, restabelecer e generalizar os direitos como acesso a bens e serviços, ao invés da luta selvagem no mercado, de todos contra todos, para obtê-los às expensas dos outros. Generalizar a condição do cidadão às expensas da generalização do consumidor. Do sujeito de direitos, e não do dono de poder aquisitivo.

Quanto mais se desmercantilizar, quanto mais se afirmar os direitos de todos, mais se estará criando esfera pública, às expensas da esfera mercantil (que eles chamam de privada). Essa pode ser a via de passagem do neoliberalismo como estágio do capitalismo à sua superação, a uma era pós-capitalista.

Mas hoje o que nos une a todos é a luta por distintas formas de pós-neoliberalismo, pela universalização dos direitos, pela extensão da cidadania em todas suas formas — política, econômica, social, cultural —, pelo triunfo do Estado social contra o Estado mínimo, da esfera pública contra a esfera mercantil.

Sobre a eliminação da pobreza e a mobilidade social

“O principal equívoco da oposição de hoje é o mesmo equivoco da esquerda do passado, se achar melhor que os outros”.

Porque o emergente não é burro, ao contrário. O retrato mais marcante da mobilidade social ascendente, anotado : “os jovens da classe C são 68% mais escolarizados que seus pais, enquanto na classe A, onde o número cai para 10%.

A educação já era vista como um meio para a melhora nas condições de vidas destas famílias e agora isto é colocado em prática. Nos últimos 8 anos a porcentagem de universitários da classe D foi de 5% para 15% e na classe C de 40% para 57%. Neste período o total de estudantes universitários passou de 3.6 milhões para 5.8 milhões de pessoas”.

O Brasil pode eliminar a pobreza absoluta no tempo da atual geração?

Acredito que tudo é uma questão de tempo. Nossas pesquisas só comprovam que a fatia da população, antes marginalizada, emergiu para uma nova condição social, e nada impede que isto continue ocorrendo. Segundo dados da PNAD e do IBGE a porcentagem de pessoas na miséria no Brasil caiu de 28% em 2003 para 15% no ano passado, com tendência essa queda ser contínua.

A pirâmide social terá uma nova cara daqui menos de 10 anos. As famílias que passam o mês com um salário mínimo vão continuar diminuindo e aquelas que ganhavam até três vão diminuir mais ainda, passando a fazer parte da nova classe média. E isto já vem ocorrendo.

A classe emergente que antes só podia comprar leite C, hoje tem iogurte em sua mesa. A classe D que não consumia iogurte, hoje já o compra esporadicamente, numa qualidade inferior que a C, mas compra, e é este é um ciclo que tende a crescer com o passar dos anos, até porque a base da pirâmide é jovem.

Este pode parecer um exemplo banal, mas para estas pessoas isso é o resultado palpável da melhora de suas condições. E elas não vão querer abrir mão dessas conquistas. Além disso, enquanto o topo da pirâmide está envelhecendo, as classes C, D e E têm quase 70% de jovens, com emprego formal e dinheiro no bolso. É a geração do futuro, é a geração C. (Entrevista com Renato Meirelles do Data Popular – blog do Sorrentino)

São os EUA a nova Rússia?

Um relatório com o extremamente provocante título - "São os EUA a nova Rússia?" - e a corajosa comparação da "oligarquia bancária", como denomina os banqueiros de Wall Street que manipulam os políticos de Washington, comparando-os com os "oligarcas" das corruptas economias emergentes, já deu a volta do mundo.

O autor não é um outsider. Trata-se de Simon Johnson, ex-economista-chefe do FMI e professor da poderosa Sloan School of Management, do Massachusetts Technological Institute (MIT).

Trabalhadores defendem que 10% do PIB brasileiro sejam aplicados em educação

Trabalhadores da área de educação decidiram fazer no primeiro semestre deste ano uma marcha nacional a Brasília para reivindicar a garantia de financiamento adequado para a educação e a valorização profissional.

A decisão foi tomada no 31° Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a data da marcha será marcada pela nova diretoria da entidade, eleita na tarde de hoje (16), durante o encerramento do encontro.

Um dos principais temas em discussão no encontro foi o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) enviado pelo governo ao Congresso Nacional em dezembro. O plano estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020 e será discutido pelo parlamentares da próxima legislatura.

Os profissionais da educação discordam do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) a ser investido na educação, conforme proposto no plano. Por isso, assim que os novos deputados e senadores forem empossados, eles pretendem começar uma mobilização para mudar a proposta.

No plano consta a meta de aumentar os investimento públicos em educação de 5% para 7% PIB. O percentual, no entanto, é insuficiente, diz o presidente da CNTE, Roberto Leão.”Queremos 7% do PIB aplicados em educação agora e 10% em 2014. Hoje temos 5% do PIB e isso é pouco. Um país com o atraso que o Brasil tem na área de educação precisa de um grande investimento para melhorar.”

O secretário sindical da CNTE, Rui Oliveira, completa. “Investir 10% do PIB na educação é nossa proposta histórica.”

A valorização dos profissionais de educação também foi tema predominante nas discussões ocorridas no congresso da CNTE. “Isso engloba recomposição salarial, planos de carreira, passa por melhores condições de trabalho e uma jornada que permita ao professor planejar bem as aulas, ter tempo para corrigir as provas”, explica o presidente da confederação, Roberto Leão.

Um total de 2,5 mil trabalhadores participaram do 31° Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) começou no último dia 13 e se encerra na tarde de hoje. (Yara AquinoDa Agência Brasil)

Em carta a Dilma, Irã anuncia que não irá enforcar Sakineh

O Irã suspendeu a pena de enforcamento contra Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma acusada de adultério e homicídio cujo caso provocou uma mobilização global, disse uma deputada iraniana segundo relato divulgado na segunda-feira.

Sakineh foi inicialmente condenada a apedrejamento pelo crime de adultério, mas essa sentença foi suspensa devido à repercussão internacional. Ela continuava sob ameaça de morte por enforcamento, por ter sido considerada cúmplice no assassinato do marido.

Em carta à presidente brasileira, Dilma Rousseff, a deputada Zohre Elahian, presidente da comissão de direitos humanos do Parlamento iraniano, disse que a pena de enforcamento também foi suspensa, devido a apelos dos filhos de Sakineh.

"Embora a sentença de apedrejamento não tenha sido finalizada ainda, a sentença de enforcamento foi suspensa devido ao perdão (dos filhos dela)", disse a carta, segundo a agência estudantil de notícias Isna.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Prioridade do governo é reduzir homofobia, diz coordenador LGBT

O advogado gaúcho Gustavo Bernardes é figura conhecida no movimento militante brasileiro e um dos principais nomes do Grupo SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade, de Porto Alegre. Ele acaba de assumir a Coordenadoria Nacional de Promoção dos Direitos LGBT.

Em entrevista ao Mix Gustavo conta que recebeu o convite para o cargo da ministra dos Direitos Humanos e defende um diálogo maior entre governo e movimento militante, que, para ele, conhece melhor do que ninguém o povo LGBT. Ele não deixa de lado a recente onda de homofobia em São Paulo e promete que o combate à intolerância “será a prioridade da Coordenadoria”. (UOL)

O Estado Nacional e a maior tragédia natural do Brasil


As últimas notícias dão conta de perto de 600 mortos em decorrência das enchentes e deslizamentos de terras somente no estado do Rio de Janeiro. São dados que demonstram a ocorrência da maior tragédia natural da história do país.
Algo que comove, sensibiliza e mobiliza o país inteiro e até em outros países, tamanho alcance da tragédia.

“O fato concreto é que a esmagadora maioria dos afetados são populações pobres, sem acesso pleno ao direito inalienável da moradia. Logo, vítimas potenciais das intempéries sociais e climáticas.
A nós que pensamos o presente e o futuro do país é fundamental que se planeje e mapeie todos os cidadãos expostos e essa condição de risco, de forma a inclui-los de forma imediata em um programa nacional de habitação que encete o equacionamento do déficit habitacional brasileiro.
É o mínimo que o Estado Nacional brasileiro pode fazer para compensar esta tragédia. Programas de sucesso como o Minha Casa, Minha Vida devem ganhar prioridade máxima. Afinal não se trata somente de uma questão econômica e social em jogo. O direito à vida é o maior direito humano possível e deve ser buscado como tal.” (Renato Rabelo – presidente do PcdoB)

Os sintomas de uma nova crise alimentar mundial

Os preços mundiais do arroz, do trigo, do açúcar, da cevada e da carne seguiram altos ou registraram significativos aumentos em 2011, podendo replicar a crise de 2007-2008, alerta a FAO.

No final de 2010, ocorreram protestos na China pelos altos preços das refeições de estudantes. Nos primeiros dias de 2011, já ocorreram protestos na Argélia e também na Tunísia, onde protestos de rua causaram a morte de pelo menos 20 pessoas. "Estamos entrando em um terreno perigoso", alerta economista da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.
(Thalif Deen – Rebelión – Carta Capital)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Consulte o ranking das instituições de ensino superior

iG elaborou ranking de universidades, centros universitários e faculdades com base no Índice Geral de Cursos
Com base em dados divulgados pelo Ministério da Educação, o iG elaborou um ranking das melhores e piores instituições de ensino superior do País. O Índice Geral de Cursos (IGC) é um indicador de qualidade que considera a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). O resultado final é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Os conceitos de 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório; 3, razoável; e 4 e 5, bom.
· Só 5% dos cursos tem nota máxima no Enade
· Cursos ruins serão desvinculados de financiamento
· Consulte as notas dos programas de pós-graduação
No ranking abaixo, o IGC Contínuo é usado para estabelecer o ranking, e ao lado é apresentada a nota do IGC faixa. Para calcular o IGC, o MEC utiliza a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da instituição. Para esta média, é utilizado o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno do momento em que ele começa o curso superior até a formatura e variáveis como corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógico. O IGC deste ano diz respeito ao desempenho do triênio 2007-2008-2009. Quanto à pós-graduação, o IGC utiliza a Nota Capes trienal 2010.
O ranking apresenta os resultados de 2137 instituições, entre universidades, centro universitários e faculdades. Algumas delas não receberam conceito (S/C), porque não tiveram alunos em número suficiente prestando o Enade. Neste caso, estão nos últimos lugares no ranking, por falta de avaliação

Segue abaixo o ranking das escolas paraenses e sua posição em relação ao nacional:

BLOCO DAS SELECIONADAS COM NOTA 3 (razoável):


176º - FACULDADE IDEAL
269º - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
297º - CENTRO UNIVERSITARIO DO ESTADO DO PARA
483º - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA
678º - FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
695º - CENTRO UNIVERSITARIO LUTERANO DE SANTAREM
720º - FACULDADE DO TAPAJOS
777º - FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZONIA - FIBRA
809º - UNIVERSIDADE DA AMAZONIA
948º - FACULDADE DE BELEM
956º - INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZONIA
972º - FACULDADE DE CASTANHAL
973º - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA
1077º - FACULDADE DE TECNOLOGIA DA AMAZONIA
1079º - INSTITUTO ESPERANCA DE ENSINO SUPERIOR

BLOCO DAS SELECIONADAS COM NOTA 2 (insatisfatório):

1171º - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO. CIENCIA E TECNOLOGIA DO PARA
1180º - FACULDADE DO PARA
1349º - ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE
1367º - FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJOS
1508º - ESCOLA SUPERIOR DA AMAZONIA

Cinco commodities garantem 43% da exportação do Brasil

O processo de concentração da pauta de exportações brasileira em poucos produtos primários avança rapidamente. Em 2010, as vendas de cinco commodities - minério de ferro, petróleo em bruto, soja (grão, farelo e óleo), açúcar (bruto e refinado) e complexo carnes - responderam por 43,4% do valor total exportado pelo Brasil, uma fatia bastante superior aos 27% de 2004.

O maior destaque é o minério de ferro, cuja participação subiu de pouco menos de 5% para mais de 14%. Outra alta considerável foi a da fatia do petróleo em bruto, de 2,6% em 2004 para 8% em 2010, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Dilma e Cristina Kirchner visitarão antiga masmorra de torturas na Argentina

O chanceler brasileiro Antonio Patriota afirmou nesta terça-feira, 11, que o governo da presidente Cristina Kirchner pretende reunir a presidente Dilma Rousseff com líderes das históricas organizações de defesa dos Direitos Humanos da Argentina.

O desejo do governo Kirchner é realizar a reunião - que incluiria uma visita a um ex-centro de torturas da ditadura militar (1976-83) - durante a visita que a presidente Dilma fará à Buenos Aires no dia 31 de janeiro.

"As Mães da Praça de Mayo entraram aqui como uma possibilidade da programação da presidente Dilma", disse Patriota, que no entanto fez uma ressalva: "A visita presidencial consiste em um único dia. Por isso temos que examinar a programação com cuidado".

O governo da presidente Cristina Kirchner queria aproveitar a visita de Dilma, uma ex-torturada da ditadura brasileira, para mostrar a Escola de Mecânica da Armada (ESMA), o maior centro de detenção e torturas que a ditadura argentina teve na cidade de Buenos Aires. Ali foram torturadas mais de 5 mil civis. Do total, menos de 150 sobreviveram.

A visita ao lugar, transformado há meia década em um centro de memória sobre as vítimas do regime militar argentino, que assassinou mais de 30 mil civis, seria realizado com as Mães e Avós da Praça de Mayo, aliadas incondicionais do governo Kirchner. "A ESMA é uma das hipóteses mencionadas. Os argentinos oferecem mais de uma possibilidade", afirmou Patriota, sem entrar em detalhes.Fonte: Estado de São Paulo

Dilma deve continuar valorizando o salário mínimo

Muito importante tem sido a polêmica entre governo federal e centrais sindicais no debate sobre o salário mínimo.Não se trata de questionar a diferença de 540 reais, defendida pela equipe econômica e 580 reais defendida pelas centrais, entre elas a CTB e CUT.
Uma grande vitória do Governo Lula, demarcadora de campos foi o esforço de aumento real do salário mínimo.Essa política, sem dúvida contribuiu na distribuição da riqueza, elevação do consumo, assegurando em conjunto com outras políticas públicas certa elevação da qualidade de vida de parcelas importantes dos trabalhadores.
O congresso pode e deve aprovar os 580 reais e o Governo Dilma, neste teste, não pode retroceder no campo da valorização do trabalho.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dilma culpa 'desleixo' com população pobre e isenta governo Lula


A presidenta diz que moradia em área de risco virou a regra e não a exceção no Brasil ao visitar as vítimas da chuva no Rio

Ao falar pela primeira vez sobre as fortes chuvas que atingem o Sudeste do País, a presidenta Dilma Rousseff culpou o "desleixo" no tratamento dado por governantes à população de baixa renda. Embora não tenha citado diretamente o governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, Dilma empenhou-se em deixar claro que a afirmação não se referia ao antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, nem ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), que integra a base de apoio ao seu governo.

"Houve no Brasil um absoluto desleixo em relação à população de baixa renda, que como não tinha onde morar foi morar em fundo de vale, beira de rio, beira de córrego e encosta de morro", afirmou Dilma, em sua primeira entrevista coletiva desde que tomou posse, no dia 1º de janeiro. "Moradia em área de risco é a regra, não a exceção", completou.

Voltando-se a Cabral, a presidenta disse que teria sido fundamental assegurar bons programas de moradia e saneamento. "E aí vou defender o presidente Lula e nós, Serginho, pois nós fizemos uma parceria. Fizemos o PAC em parceria com governos estaduais e prefeituras", disse Dilma, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras de sua campanha presidencial.

As declarações foram dadas diante de questionamentos sobre a escassez de investimentos na prevenção de enchentes, depois de o País assistir há um ano a uma situação semelhante em Angra dos Reis. Em resposta à mesma pergunta, Cabral empenhou-se em contestar a versão de que teria havido negligência dos governos estadual e federal diante do problema. "Nós tivemos solidariedade e apoio do governo federal", reagiu Cabral.

Dilma prometeu dar todo o apoio necessário ao Rio e a outros Estados prejudicados pela chuva, a exemplo de São Paulo. Disse que o momento é de resgatar as vítimas da chuva e reconstruir as áreas devastadas pela água. "Vamos fazer com que a reconstrução seja também um momento de prevenção", afirmou Dilma, prometendo colocar toda a estrutura do governo federal à disposição do Estado do Rio. "Agora temos de resgatar as pessoas, temos de reestruturar as condições de vida nas regiões atingidas", completou a presidenta, prometendo remédios e tratamento médico nessas regiões.

Pingarilho na Secretaria de Esportes do Amapá

Nosso camarada Luiz Pingarilho deverá assumir a Secretaria de Esportes e Lazer do Estado vizinho do Amapá. O PCdoB apoiou no segundo turno o atual Governador Camilo Capeberibe e terá participação em seu governo. O blog do Açai Belém deseja êxito em sua primeira experiência como secretário de estado.

Guerrilha do Araguaia é destaque em publicação do Museu Goeldi

Estudos que buscam revelar um pouco mais da história de um dos fatos mais traumáticos da história recente da Amazônia são apresentados ao público na nova edição do "Destaque Amazônia", publicação do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

Durante a ditadura militar, vários partidos políticos e organizações de esquerda optaram pela luta armada. Nos conflitos rurais, o mais importante foi a Guerrilha do Araguaia. Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha teve este nome por ter sido travada em locais próximos ao rio Araguaia, na divisa entre Pará, Maranhão e, hoje, o estado do Tocantins.Como resultado do conflito, foram registrados 76 mortos, dos quais 59 militantes do Partido Comunista do Brasil e 17 recrutados na região.

Também por isso, acabou se transformando no principal confronto direto entre o regime militar e a esquerda armada.Assim, a edição de janeiro do informativo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), "Destaque Amazônia", é especial, e trata de estudos desenvolvidos por pesquisadores e bolsistas da instituição na região do Araguaia.

E é nesse local onde o Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), criado no âmbito do Ministério da Defesa, desenvolve diversos estudos sobre esse recente acontecimento na história da região amazônica. (mais detalhes na edição de janeiro da Revista Destaque Amazônia publicada pelo Museu Emilio Goeldi)

Setor madeireiro da Amazônia é 3,5% do PIB

BRASÍLIA — Mesmo responsável por uma fatia considerável dos 11.986 quilômetros desmatados ano passado na Amazônia, o setor madeireiro na Amazônia é o maior empregador industrial e um dos que mais arrecadam impostos.

O bom desempenho da atividade põe o Brasil na condição de maior produtor e consumidor mundial de madeiras de florestas tropicais. Em 2004 o setor gerou 124 mil empregos diretos e outros 108 mil indiretos, além de mais 147 mil empregos indiretos fora da região.

A atividade ainda proporcionou uma renda bruta de US$ 2,3 bilhões, com 3.132 empresas distribuídas em 82 pólos madeireiros. O valor das exportações também saltou entre 1998 e 2004. Passou de US$ 381 milhões para US$ 943 milhões, segundo o Plano Amazônia Sustentável (PAS). O plano é uma carta de boas intenções para a Amazônia que o governo federal lançou ano passado.

O setor de mineração, por sua vez, investiu R$ 14 milhões na região, mas com baixo benefício para a população local. A mineração geração cerca de 14 mil empregos e a maior parte das renda gerada é direcionada para as regiões mais desenvolvidas do Brasil ou do exterior, com efeitos positivos mínimos nas Amazônia.

Enquanto isso, as cadeias de produção diretamente baseadas em produtos florestais madeireiros representam 3,5 do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 6% das exportações no ano de 2006. Naquele ano o setor arrecadou mais de R$ 4,2 bilhões e impostos e gerou 6 milhões de empregos direitos e indiretos no País. A atividade é aquecida por sua ligação direta com alguns setores estratégicos da economia — a siderurgia, as indústrias de papel e celulose e a construção civil.

Exploração sustentável

A intensa procura pela madeira da Amazônia torna a atividade madeireira uma das atividades econômicas mais importantes e tradicionais da região. Devido a esse fato, a forma de retirada de madeira evoluiu. Saiu do sistema arcaico e predatório para a produção em bases sustentáveis mediante planos de manejo em várias áreas da Amazônia. O sinal de alerta para essa mudança foi declínio nas grandes regiões produtoras de madeira no leste paraense e no centro-norte mato-grossense.

Em 2005 a produção extrativa regional de madeira em tora totalizou 14,4 milhões de m³, o correspondente a 83% da produção nacional. Esse patamar foi superior aos dos anos 90, quando a produção regional, mesmo maior — entre 35 e 45 milhões de m³ de toras —, representava entre 75% e 80% da produção do País.

Segundo dados do IBGE de 2005, os principais estados produtores são Pará (9,9 milhões de m³), Mato Grosso (1,7 milhão), e Rondônia (1 milhão). No ano anterior, mais de 70% da madeira em toda explorada na Amazônia foram oriundas de áreas de terceiros e o restante das próprias empresas: 28% vieram de pequenas propriedades; 31 das médias e 41% das grandes. Cerca de dois terços a três quartos da madeira saíram de floresta nativa e o restante, oriundas de planos de manejo. (AL) (Chico Araújo, Agência Amazônia)